quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Estudo mostra impacto do consumo de TI nas empresas e no pessoal

Publicado no Canal Executivo, Uol.

Notebooks, celulares, smartphones e outros dispositivos comprados para uso pessoal estão sendo utilizados nos locais de trabalho por 92% dos trabalhadores brasileiros que utilizam a tecnologia no seu dia-a-dia – os chamados iWorkers. Este dado é parte de um recente estudo mundial patrocinado pela Unisys Corporation e conduzido pelo International Data Corporation (IDC).

A pesquisa mostra como a chamada “consumerização de TI” – que significa como os equipamentos pessoais e as redes sociais, utilizadas pela sociedade de modo geral, estão ganhando espaço nos escritórios – pode afetar as organizações e seus funcionários.

O estudo “Consumerização de TI” foi realizado em duas fases. No Brasil, a primeira etapa contou com entrevistas a 301 trabalhadores, usuários de aparelhos existentes no mercado (celulares, smartphones, palms, laptops etc) e redes sociais (blogs, Twitter, Facebook etc), das seguintes cidades: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Belo Horizonte, Curitiba, Salvador e Fortaleza. As entrevistas fizeram parte de uma pesquisa global com 2820 funcionários de 10 países.

Os iWorkers brasileiros, assim como em outros países, disseram que estão investindo seu próprio dinheiro e tempo em avançados aparelhos de tecnologia e em aplicações web – tecnologias muitas vezes mais poderosas do que as utilizadas pelas organizações onde trabalham. Além disso, os brasileiros reconheceram utilizar estes recursos, indistintamente, tanto para o trabalho como para temas pessoais.

A segunda fase da pesquisa entrevistou 100 executivos de diversas empresas localizadas no Brasil. Globalmente, o estudo entrevistou aproximadamente 650 líderes na área de TI em 10 países. O estudo revelou que as organizações no Brasil não estão integralmente conscientes a respeito de quais tecnologias seus funcionários estão utilizando durante o expediente de trabalho. Além disso, os executivos entrevistados demonstraram não integrar estas tecnologias de consumo em suas organizações.

“Esta pesquisa mostra-se importante porque pode ajudar as organizações a definirem melhor como lidar com o uso dos dispositivos de consumo e das novas aplicações web por seus funcionários”, diz Paulo Roberto Carvalho, diretor de negócios da área de Outsourcing e Serviços de Infraestrutura da Unisys Brasil e América Latina. “O número de funcionários que usam estas ferramentas está aumentando e as empresas podem – e devem – integrá-las de maneira que possam capitalizar estas inovações trazidas por seus funcionários”, afirma o executivo.

Diferenças entre funcionários e organizações

A pesquisa revelou várias questões em relação ao comportamento destes iWorkers e à maneira como as organizações estão preparadas para esta tendência de consumerização no Brasil.

O estudo apontou que vários trabalhadores brasileiros, por exemplo, afirmam ter a autorização de suas empresas para acessar sites na internet não relacionados ao trabalho, postar em blogs por razões pessoais e armazenar dados e arquivos pessoais nos computadores do trabalho durante o expediente, enquanto os executivos de TI entrevistados indicaram que estas atividades não são permitidas na mesma proporção dita pelos funcionários.

“Esta diferença entre aquilo que os funcionários dizem ser permitido e o que as organizações realmente permitem, mostra que há mais atividades ocorrendo dentro das empresas do que estes executivos imaginam”, explica Carvalho.

Por exemplo, os trabalhadores brasileiros revelaram que estão utilizando notebooks, smartphones e celulares no local de trabalho mais do que o dobro acreditado pelas organizações: 55% dos trabalhadores brasileiros entrevistados afirmaram usar notebook próprio no trabalho, enquanto os executivos disseram que apenas 16% de seus trabalhadores utilizam este tipo de computador.

Igualmente, os líderes de TI afirmaram que 10%, em média, de seus funcionários utilizam Blackberrys e smartphones semelhantes, enquanto 30% dos funcionários disseram utilizar este tipo de aparelho.

Brasileiros lideram no uso de tecnologias de consumo e redes sociais

De acordo com o estudo, o uso no Brasil dos dispositivos de consumo, como celulares, smartphones e notebooks, tanto para trabalho como para atividades pessoais, é maior do que em outras regiões do mundo:

· 63% dos brasileiros utilizam celulares tanto para uso pessoal como para temas ligados ao trabalho. Nos Estados Unidos, este mesmo número é de 40%; na Europa é de 45%; e na Austrália/Nova Zelândia é de 42%.

· 25% dos iWorkers brasileiros utilizam Blackberry tanto para o trabalho como para temas pessoais. Nos Estados Unidos, este número é de 15%; na Europa é de 19% e na Austrália/Nova Zelândia é de 14%.

Além disso, a pesquisa mostrou que os brasileiros estão à frente de outras regiões do mundo no uso das chamadas redes sociais, tanto para atividades pessoais como para o trabalho:

· O Facebook e o My Space são usados por 15% dos brasileiros tanto para temas pessoais como para atividades ligadas ao trabalho. Nos Estados Unidos, este número cai para 3% e na Europa para 6%. Na Austrália/Nova Zelândia, este número é de 5%.

· No Brasil, 20% usa o Twitter para trabalho e questões pessoais. Nos Estados Unidos, Europa e Austrália/Nova Zelândia, apenas 3% utiliza para ambas as razões.

· A tecnologia VoIP, como o Skype, é amplamente usada pelos brasileiros também para questões pessoais e de trabalho: 32% dos iWorkers afirmaram utilizá-la. Nos Estados Unidos, apenas 7% utilizam este tipo de comunicação, enquanto na Europa este número é de 16% e na Austrália/Nova Zelândia é de 17%.

· 19% dos iWorkers brasileiros afirmaram acessar páginas de redes sociais ao menos uma vez ao dia para trabalhar enquanto 3% dos americanos, 7% dos europeus e 5% dos entrevistados da Austrália e Nova Zelândia indicaram utilizar estas ferramentas.

"Estas comparações com outras regiões do mundo, levantadas pela pesquisa ‘Consumerização de TI’, mostram como estas tecnologias estão incorporadas ao dia a dia do brasileiro, especialmente daqueles que vivem nos grandes centros urbanos, e como eles se tornaram grandes usuários da tecnologia, tanto no trabalho, como em suas vidas particulares. Esta tendência da consumerização de TI levanta importantes temas em relação ao suporte de TI, segurança de dados e rede, investimentos, entre outros. Assim, é essencial que as organizações coloquem a consumerização de TI como um assunto relevante em suas estratégias”, diz Carvalho.

A pesquisa também mostrou que os iWorkers brasileiros checam suas caixas de e-mail de qualquer lugar. Em alguns casos, muitas vezes, com mais intensidade do que os iWorkers de outras partes do mundo.

Por exemplo, 17% dos brasileiros disseram que acessam seus e-mails do trabalho quando estão em templos religiosos – mais do que o dobro apontado nos Estados Unidos (7%), Europa (5%) e Austrália/Nova Zelândia (4%). Também 36% dos entrevistados no Brasil checam seus e-mails do trabalho quando estão em aviões – quase o dobro dos australianos/neozelandeses (19%) e ultrapassando os europeus (24%) e os norte-americanos (22%),

Além disso, 21% dos iWorkers brasileiros disseram checar suas caixas de e-mail enquanto estão dirigindo carro – mais uma vez, quase o dobro do número obtido na Austrália/Nova Zelândia (11%) e superando os 15% dos entrevistados nos Estados Unidos e Europa.

“Estes dados sobre o uso da tecnologia para fins de trabalho de qualquer lugar demonstram ainda mais que a consumerização de TI já é uma realidade tanto para os funcionários como para as organizações no Brasil, que precisam cada vez mais entendê-la e explorá-la”, conclui Carvalho. Site: www.unisys.com.

Estratégia de comunicação

Foi comentado no site www.abordodacomunicacao.com.br, um dos assuntos do encontro de sábado passado.


As mídias sociais como estratégia de comunicação


Hoje o espaço é do aluno do 6º semestre de Relações Públicas da Universidade Metodista de São Paulo – Roni Maicon. Ele se interessa por comunicação corporativa e se sente atraído pela interatividade das redes sociais.

O crescimento constante do uso das mídias sociais deve-se ao fato de estas inovarem a forma de comunicação, erradicar fronteiras geográficas, econômicas étnicas, entre outras, e à praticidade de se comunicar de muitos para muitos. E esses benefícios trazidos pelas mídias sociais são imprescindíveis para as organizações, pois há necessidade de acompanhar este movimento tecnológico que busca incansavelmente eficácia e facilidade no processo comunicacional.

Entre os principais benefícios que as mídias sociais trazem para a estratégia de comunicação das organizações podemos citar a facilidade de se informar, capacidade de atingir diversos públicos, ser uma ação de baixo custo, pluralidade de ações em uma só ferramenta e construção de relacionamentos de diversas formas. Porém, a empresa, quando inserida nessas mídias, passa a ser mais vulnerável, devendo pautar todas as suas ações em seu discurso organizacional.

Podemos encontrar alguns exemplos de empresas que conseguiram acompanhar essa interatividade. O Portal EXAME divulgou uma matéria chamada “As campeãs do Twitter”, que relata quais organizações estão no caminho certo quando falamos em planejamento de mídias sociais. A matéria salienta ações de grandes empresas que usaram as mídias sociais e alcançaram o sucesso, além de citar uma pesquisa realizada com as maiores companhias do mundo, onde quase 80% delas utilizam de alguma maneira as mídias sociais.

Na matéria da EXAME, Abel Reis, presidente da Agência Click, afirma que “diferentemente de outras marcas, elas entenderam que canais diferentes requerem atitudes diferentes [...] não adianta usar o Twitter só para despejar um monte de blá-blá-blá em cima do consumidor. É preciso criar uma sensação de que ele é parte importante da empresa“. E este representa mais um ponto em que se deve prestar atenção: a objetividade da informação é algo que deve ser inerente a todo conteúdo que a empresa disponibiliza.

Empresas como a Dell, Google e Microsoft entenderam esse conceito e passaram a utilizar as mídias sociais como parte de suas ações de comunicação.

A Starbucks, exemplo também citado na matéria, conseguiu se recuperar de uma crise ao construir relacionamentos através de diversas mídias sociais e atualmente é a marca mais comentada na web, pois ela foi além e diferente de outras empresas, soube abusar de mais um benefício propiciado pelas mídias que é a inovação, assim criou uma comunidade virtual, o My Starbucks Idea, para que os clientes, público-alvo desta ação, pudessem interagir com a empresa, criando idéias e dando opiniões, o que modificou o cenário de decaídas que a organização passava e mostrou a força que os relacionamentos possuem com o intermédio das mídias sociais.

São muitos casos que nos mostram a eficácia destas mídias e é inegável que elas representam importantes ferramentas para as organizações, e quando utilizadas de forma estratégica podem superar as expectativas e contribuir muito para as ações destas organizações, passando a serem cada vez mais um canal de relacionamento importante para as empresas.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Por Moma Propaganda, como seriam os anúncios das Redes Sociais na década de 60.
Sei que não a coisa mais recente da web, mas acho que ainda assim vale o post. Para arquivar.






terça-feira, 28 de setembro de 2010

Este artigo foi publicado no O Globo esta semana. Achei interessante pois fala de uma forma inteligente de utilização do Facebook. (Sei que já sabemos disso, mas só pra manter esses conceitos vivos) ; -)




Quem vai à Disney curte compartilhar suas fotos e vídeos com amigos, certo? Afinal, ver o Mickey de perto merece tanto foto no porta retrato quanto um álbum recheado de lembranças para mostrar aos amigos e relembrar os momentos mágicos anos mais tarde. Sabendo disso, por que não dar um força para que seus visitantes compartilhem ainda mais a agradável experiência de encontrar Mickey e sua turma? Este é o conceito da nova ação da Disney nas redes sociais.


No portal Disney Memories, replicado em aplicativo no Facebook e no You Tube, todos os visitantes podem fazer upload de suas fotos e vídeos e contar histórias e emoções vividas no parque. Quem gostar da experiência do amigo, pode dar like ou share no Facebook, twitar ou compartilhar via e-mail. A busca no site permite que se encontre lembranças de todo o jeito: pelo nome dos parques, personagens, emoções. Tem gente casando, chorando, sorrindo, sendo surpreendido... Prato cheio pra quem curte a Disney e se emociona com boas histórias. Ah, sim, a pessoa ainda pode fazer um relato do seu “momento”. Tem coisa bonita lá.


Ao fazer o upload de fotos e vídeos, os usuários também poderão ser selecionados para dividir ainda mais sua lembranças. Trechos de vídeos poderão aparecer em comerciais, fotos podem virar campanhas impressas e algumas poderão ser projetadas nas torres do Cinderella Castle no parque Magic Kingdom e na entrada do “It’s a small world”. A ideia da Disney é mostrar a todos o poder das recordações com imagens reais. A campanha teve início semana passada através de um comercial de televisão criado com vídeos publicados em mídias sociais.

Vídeo:

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O que a imprensa americana fala do Google, Facebook e Apple

As porcentagens levaram em consideração as grandes empresas do setor de tecnologia, segundo dados do Centro de Pesquisas PEW.
Fonte: Le Monde

Celulares Conceito


Celulares do futuro parecem ser de ficção e serão dobráveis

O Brasil está caminhando rapidamente para ter mais celulares do que habitantes. E a imaginação dos projetistas vai muito além das necessidades dos mais exigentes usuários.

O celular caiu mesmo no gosto do brasileiro. Já existem quase 190 milhões de aparelhos no país. E o número não para de aumentar. No ano que o celular completa 20 anos no Brasil, o Fantástico foi conferir o que esses aparelhinhos vão fazer num futuro próximo.












Tudo sobre redes sociais!!!

Ás vezes é díficil entender pra que servem todas as redes sociais que existem, facebook, orkut, twitter, flickr etc. Mas não se precocupe, alguém já resumiu todo que precisamos saber em "simples" equações matemáticas! Veeeja:


E aí? Concordam? Podiam inventar uma calculadora de redes sociais, hein... rsrsrs

Fonte: http://www.pirikitadela.com.br/09/2010/tudo-sobre-redes-sociais/

domingo, 26 de setembro de 2010

Site Mashme

Semana passada achei o site Mashme. Ele descreve e dá exemplos de vídeos e links de vários dos termos que convivemos hoje em dia. Desde coisas que passam desapercebidas pela maioria como XML e API, até termos polêmicos e em pauta como Neutralidade da Internet.

A cybereducação

É a hora quando se sente a necessidade de parar e fazer perguntas sobre as mudanças no mundo, sobre a natureza deste tipo de ambiente onde nos movemos, empurrado pelos ventos da industrialização, da urbanização, da globalização, padrões e tendências de informatização. Hora onde descemos os olhos à altura do peito, ou melhor, a altura de seus próprios filhos e dizem que são eles que continuam o caminho e somos nós, pais, que temos o dever de orientá-los. Sim, mas como?

Nossos filhos pertencem ao mundo da mídia e da Internet. Desde tenra idade, a Web está instalada em suas vidas. Se às vezes os avós ainda relutam em usar um computador, os pais estão na maior parte completamente conectados e possuem um mínimo de tecnologia necessária para enviar um e-mail, independendente de classe social.

Nossos filhos, eles não são nem seduzidos nem interessados pela Internet. Eles criaram a cultura da Web, eles nascem nela. A escrita, sentido literário do termo ou a leitura pode, se os pais não tiveram o cuidado, servir apenas como sub-atividade da neo-cultura. Internet é o meio de comunicação, reflexão, expressão e criação deles.

Naturalmente, as máquinas de grande comercialização de Bill Gates, Steve Jobs e companhia tiveram o seu efeito de marketing com sucesso de vendas, e seus homens de negócio, criaram uma necessidade, quase vital para os jovens. Mas acho que seus objetivos foram muito excedidos por uma geração que literalmente se apropriou da Internet. E o risco para esses desenvolvedores de software e dispositivos de todos os tipos IPad ou smartphone, é reduzir a Internet a um meio que seja uma alternativa real para as relações humanas de hoje.

Por que uma tal "r-evolução"? Internet combina três qualidades essenciais para os desejos dos jovens de hoje: é virtual, é instantânea e é anônimo (ou parece ser). Três forças que apoio do individualismo exagerado da juventude do século XXI. Na verdade, apesar dos padrões, as tendências definem a participação em um grupo, o "eu" é dominante contra o "nós", que levou seus pais a quebrar barreiras, para se manifestar antes da queda do Muro de Berlim ou nos movimentos populares.

Hoje em dia a comunicação é virtual, ela acontece no Facebook, Twitter ou MySpace. Nós temos "amigos" que compartilham os mesmos gostos ou afinidades, mas nada nos obriga a encontrá-los, ou mesmo conhecê-los, apesar do nosso cyber-perfil, permanecemos anônimos, confortavelmente atrás da tela do computador. Um chat quando eu quero falar sem se mover, sem realmente pensar sobre ele, instantaneamente, com uma linguagem com semântica minimalista orientada instintivamente, intuitivamente, com os seus amigos, uma linguagem que permanece incompreensível para os mais velhos, o que dá a essa cultura uma identidade comum e geralmente forte. Se estamos pensando em uma definição, um conceito, um personagem famoso, um momento da história ou qualquer outra coisa, nós imediatamente consultamos a Wikipédia ou ferramentas de busca, se contentando com uma aproximação ou imprecisão porque não temos tempo para questionar a veracidade ou a seriedade das informações prestadas.

Perante esta situação, não devemos repensar a nossa educação? Não somos atrasados em relação aos jovens cujos valores da comunidade são radicalmente diferentes dos nossos? Questionando a utilização de computadores em casa para os mais novos torna-se ilusório. Como a sociedade dos países industrializados depende muito da utilização da Internet para as funções administrativas por exemplo, quais seriam os efeitos da proibição por um pai de utilizar esta ferramenta essencial?

Claro, ainda estamos em uma época de transição entre gerações, onde pais e filhos têm uma relação diferente com a cultura da Internet. Este período de convivência, de mutação cultural, permite que nós pais, nos questionemos como censores com base nos valores de ontem e ... de hoje mas nós somos os guardiões do mundo de amanhã?

Embora intuitivamente sentimos o perigo dessa sociedade individualista, possivelmente autista, como prenunciado nesta era da Internet, temos as ferramentas adequadas e suficientes para levar nossos filhos para o caminho do desenvolvimento? E essa noção de desenvolvimento faz o mesmo sentido para esses futuros adultos que faz para nós hoje?

Poucos são os períodos na história em que pais e filhos sofrem este tipo de abismo tecnológico e, sem dúvida cultural. Não se torna difícil, nestas circunstâncias, continuar a manter uma ligação entre as gerações, quando não vemos, não falamos sobre as coisas da mesma maneira?

FINALMENTE FALANDO A MESMA LÍNGUA

É hora de definir com os nossos filhos um modo interativo de comunicação, uma educação compartilhada, onde, ao invés de combatê-la devem se adaptar. A informação imediata e instantânea é sedutora, mas não devemos ensinar nossos filhos a entender, comparar, esclarecer os fatos? Cabe meu senso de ensino a não se contentar com a análise chave que nos impõem a mídia, mas para fazer os seus próprios juízos de mente em diferentes fontes de informação por exemplo. Não é este o baluarte contra a manipulação das mentes? Cabe a nós, pais, ensinar-lhes que o espaço-tempo, se reduz a um simples clique, quanto ao download de um filme ou música, ver uma biblioteca on-line, que esta velocidade não é a referência e leva tempo para amar uns aos outros, para fazer encontros reais com pessoas reais, viajar pelo mundo ou gostar de escrever um bom romance.

Temos a sorte de presenciar a passagem de um mundo para outro. A educação que devemos oferecer aos nossos filhos deve integrar absolutamente as ferramentas do século XXI, para transmitir os valores que sabemos ser essenciais para a continuidade de funcionamento do mundo, graças às nossas experiências, as lições da história e nossos depoimentos.

A educação nacional tem o dever de se reformar nessa direção, por medo de criar gerações de frustrados, a serem confrontados com uma educação alternativa competitiva e sem controles. Como podemos ensinar, se estamos desconectados do mundo de seus alunos? Como combater os demônios da Internet (pornografia, jogos, sites ilegais ...) se nós não controlamos as questões e os pontos fracos? Por fim, tornou-se necessário falar a mesma língua, sem tentar a todo custo impor a sua própria. Explorar a imagem, a interatividade, com inteligência e visão sobre a web para encontrar a informação certa e as ferramentas certas de conhecimento são os vetores da aprendizagem de amanhã.

É tempo de deixar de ser cego e deixar os nossos filhos a navegar sem bússola neste mundo que já pegou. Temos o dever de ensinar aos nossos filhos que as relações são essencialmente “humanas" e o amor que eles nos trazem é a prova de que eles ainda estão cientes.

Caroline Kéribin, leitora

link para a matéria original: Le Monde